OLIVIO TOMAIN NETO
( Minas Gerais – Brasil )
Nasceu em Uberaba, MG, em 1962.
Residiu na infância, adolescência e mocidade sucessivamente em Ribeirão Preto/SP, Goiânia/GO e São José do Rio Preto/SP, terminando, nesta última cidade, o curso Colegial e iniciando o de Psicologia, não concluído.
Em 1983 retorna a Uberaba, matriculando-se no curso de Letras da Universidade de Uberaba, também não finalizado, porque, conforme seu depoimento para o presente livro, concluiu que "não era aquele o aquilo".
Concorreu e foi uma dos vencedores no Primeiro Concurso Livre de Poesias de Uberaba, promovido em 1986 pela Fundação Cultural de Uberaba, que editou livreto com os poemas premiados. Em 1987 transfere-se para Goiânia e, meses depois, para Rio Claro/SP, voltando para Uberaba em 1991, onde reside e exerce a atividade de tapeceiro de móveis e, em suas palavras, "concluo minhas águas e versos". Colaborador da revista Dimensão desde os anos 80, participa da antologia Poetas Uberabenses Contemporâneos publicadas no número 25, especial, do referido periódico.
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BILHARINHO, Guido. A Poesia em Uberaba: do Modernismo à vanguarda. Uberaba: Instituto Triangulino de Cultura, 2003.
336 p. Ex. bib. Antonio Miranda
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não me dei conta
de ser lógico
quando mais
exato
fui
racional.
***
restaria
acreditar
apenas em mim
se
a humanidade não valesse
no mínimo
a irracionalidade da fé humana.
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A água do mar d´água
afoga silenciosamente
as palavras do silêncio.
Não há espuma e sangue nos lábios
que não, em si, existem.
Corpos e gritos não há em gestos
de socorro.
Há o fundo;
abismos de sal;
sol de segredos.
Há o medo de surgir lábios e corpos
berrando gritos de morte. Mortes de
silêncios.
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Página ampliada e republicada em maio de 2022
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